domingo, 12 de dezembro de 2010

Ficha de auto e hetero-avaliação de Susana Pais

Ficha de leitura nº2 de Susana Pais

Ficha de leitura nº1 de Susana Pais

Ficha de auto e hetero-avaliação de Rita Peixoto


Ficha de leitura nº2 de Rita Peixoto

Ficha de leitura nº1 de Rita Peixoto

Ficha de auto e hetero-avaliação de Maria Gonçalves

Ficha de leitura nº2 de Maria Gonçalves

FICHA DE LEITURA



Nome: Maria João Meira Gonçalves
Grupo: Daniela Marinho, Maria João, Rita Peixoto e Susana Pais
Tema: Persuasão e manipulação
Data: 11 Dezembro 2010
Autor e/ou Entidade: Adolfo Hitler


Síntese/Citações/Esquemas/Tópicos/Reflexões:
Manipular
Manipular equivale a manejar. Os objectos são susceptíveis de manejo. Posso utilizar uma esferográfica para as minhas finalidades, guardá-la, trocá-la, descartá-la. Estou no meu direito, porque se trata de um objecto. Manipular é tratar uma pessoa ou grupo de pessoas como se fossem objectos, a fim de dominá-los facilmente. Essa forma de tratamento significa um rebaixamento.

Síntese

Assim como muitas figuras conhecidas, Adolfo Hitler adquiriu a crença na superioridade da "Raça Ariana" que formava a base das suas visões políticas e na inimizade natural dos judeus responsabilizando-os pelos problemas económicos alemães. O partido Nazista era constituído por um pequeno número de extremistas, Hitler descobriu seus talentos: oratória pública e o de inspirar lealdade pessoal, fez com que atraísse um número de seguidores significativamente alto; devido os seus dotes de oratória, foi nomeado líder com o objectivo de influenciar outros soldados que tinham ideais iguais ou similares. Ele tinha duas características particulares como Um grande orador (muito carismático) e ultra Nacionalista. Hitler com o seu discurso aos jovens pretendia que estes seguissem os seus ideais e não permitia que vissem a verdade pois para estes jovens, Adolf era uma figura publica importantissima que de modo algum poderiam contestar visto que este tinha um enorme poder e que poderiam arriscar a sua vida. Nas escolas as crianças aprendiam os ideais de Adolf, cresciam a viver com aquela mentira e com repugnancia aos judeus o que fazia com que quando estes crescessem e fossem dependentes, seguissem o exemplo de Hitler pensando que o que estavam a fazer era correcto. De facto Hitler tinha uma grande caracteristica pois com as suas teses e argumentos provocava uma enorme adesão do auditorio assim como se ve no vídeo.
“Voces precisam aprender a aceitar privações sem nunca as esmorecer. Não importa o que criemos ou o que façamos mas em voces a Alemanha viverá”. É um dos muitos exemplos em que é notável a manipulação de Hitler, que com o tom de voz que utiliza provoca de seguida uma positiva agitação da parte do auditório.

Citações

“Com um sorriso satânico em seu rosto, o jovem judaico de cabelos negros esconde-se na espera da garota inocente que ele suja com seu sangue, roubando-a assim de sua gente.”
“Acima de tudo, exijo que o governo e o povo sustentem a lei racial até o limite e resistam impiedosamente ao envenenador de todas as nações, o Judaísmo internacional.”
“O Cristianismo é uma invenção de cérebros doentes.”
“Toda propaganda tem que ser popular e acomodar-se à compreensão do menos inteligente dentre aqueles que pretende atingir.”
“Um dos mais tolos enganos que poderíamos cometer seria permitir que os povos conquistados do leste possuíssem armas. A história ensina que todos os conquistadores que permitiram a posse de armas pelas raças dominadas prepararam sua própria queda ao fazê-lo.”
“A educação universal é o veneno mais corrosível e desintegrador que o liberalismo já inventou para sua própria destruição.”
“Quando um oponente declara, "Não vou ficar do seu lado", eu calmamente digo, "Seu filho já pertence a nós... o que é você? Você vai morrer. Seus descendentes, no entanto, agora ocupam o novo campo. Em pouco tempo eles não conhecerão nada além desta nova comunidade".”

Tópicos

Hitler via os outros como inferiores e usou isso como proveito próprio.
Desprezou a individualidade e liberdade de decisão dos ouvintes.
Houve uma imposição, tentando evitar a reflexão e a liberdade de decisão dos jovens alemães.
Houve uma relação desigual, em que os jovens foram usados como instrumentos ao serviço do manipulador.
Hitler seduziu o seu auditório com um mau uso da retórica.
Este via os outros como pessoas diferentes, como seres inferiores.
Anulou ao máximo a autonomia dos ouvintes e a sua capacidade de avaliação da situação.
Usava o poder como fonte de popularidade.
Iludia os jovens com os seus discursos.


Reflexões

Este tipo de manipulação leva às pessoas à reflexão das atitudes tomadas e os argumentos oferecidos pelo orador. Neste caso, o orador é uma figura influente capaz de seduzir o seu auditório com argumentos pouco racionais. No vídeo, é notável em muito excertos que a manipulação é de tal ordem que os jovens alemães seguem à risca todos os ideais que Hitler defendia. Para além disso ve-se um vasto auditório cheio de jovens com as mesmas características havendo uma grande desigualdade e discriminação pelos jovens de outras raças e etnias.

Queremos ser uma nação unida e vocês meus jovens, formarão esta nação. E vocês precisam de se educar para tal pois queremos que estas pessoas sejam obedientes, precisam de praticar a obediência (…). Vocês precisam almejar a paz e serem corajosos ao mesmo tempo. Não queremos que esta nação seja fraca, ela precisa de ser forte e vocês precisão de se endurecer enquanto são jovens.”

Desta maneira Hitler convenceu os jovens alemães com a sua oratória pois usou muitas estratégias, como a repetição, o tom de voz entre outros e assim foi criada a juventude Hitlerista.
Como estratégias utilizadas para provocar adesão dos jovens foi a censura e a propaganda. Assim, para que o seu objectivo fosse cumprido, Hitler fez com que os jovens aceitassem e realizassem algo contra os seus melhores interesses evitando o espírito critico e procurando desviar as atenções do próprio.
Assim não dava espaço para que houvessem criticas, escondia os seus objectivos por ntre diversos argumentos tendo como finalidade convencer estes jovens de que as suas ideias eram as melhores e que se seguissem o seu exemplo a nação iria ser unida, nunca esquecendo que estes devem ser obedientes e cumpridores.
Em suma, para além de Hitler ser um grande orador, que conseguiu mediante o seu discurso provocar uma grande adesão do seu auditório, fez um mau uso da retórica.

Ficha de leitura nº1 de Maria Gonçalves

FICHA DE LEITURA




Nome: Maria João Meira Gonçalves
Grupo: Daniela Marinho, Maria João, Rita Peixoto e Susana Pais
Tema: Persuasão e manipulação
Título: Persuasão
Data: 11 Dezembro 2010
Autor: Jane Austen
Local: Porto
Editora: Book it
Cota:



Síntese/Citações/Esquemas/Tópicos/Reflexões:

Síntese



A fortaleza das personagens femininas dos romances de Jane Austen, desponta em toda a sua glória com a heroína de “Persuasão”, Anne Elliot. Por detrás de uma aparência de fragilidade, de submissão incondicional a um pai indiferente e narcisista que vive rodeado de espelhos na mansão da família, e a uma irmã escrava das convenções sociais em vigor, Anne não abdica da sua independência intelectual.
Contudo, a personagem Anne Elliot sofre uma evolução nos dois momentos chave da obra. Enquanto jovem requestada por um simples Capitão da Marinha Britânica sem posição social nem fortuna, ela cede ao peso do parecer familiar: Wentworth não era um partido ao nível da fidalguia que o nome Elliot comportava. Apesar do amor que por ele sentia, Anne cede às exigências familiares, deixa-se persuadir por uma ilusão imposta e termina um noivado que nunca chegara a efectivar-se. Oito anos passados desde a decisão que a mortificara, Anne reencontra o Capitão Wentworth devido ao facto de Sir Walter Elliot se ver obrigado a alugar Kellynch-Hall, a casa no Somersetshire desde sempre habitada pela família, ao Almirante Croft e esposa (irmã do Capitão Wentworth), graças a problemas financeiros. E Anne, ao revê-lo e apesar do desinteresse aparente por ele manifestado, persuade-se de que nunca deixara de o amar. E é esta cedência íntima da heroína à inevitabilidade do seu amor por Wentworth que acompanhamos ao longo da quase totalidade do livro.
Wentworth mostra-se interessado em assentar, agora que conseguira posição e fortuna consideráveis após várias comissões no estrangeiro, no entanto, o orgulho ferido pela rejeição de que fora vítima, a certeza de que a Anne faltava o carácter necessário para impor uma vontade férrea, levam-no a procurar noiva noutra casa de família onde o seu nome não estivesse manchado pela lembrança de um tão ignominioso repúdio. Assim, Wentworth deixa-se também ele persuadir mas pela convicção de que a sua presença junto de uma certa jovem, era entendida como genuíno interesse e cede à possibilidade de ter de, por uma questão de honra, pedir a mão em casamento a Louisa Musgrove.
Preparado que estava para assumir as suas responsabilidades, um incidente com Louisa obriga-a a convalescer na companhia de um amigo de Wentworth e com a ausência deste, um inesperado noivado é dado a conhecer entre ambos. Wentworth estava liberto da suposta obrigação em que se vira enredado.
E desta forma, o antigo sentimento que o unira a Anne aflora-lhe novamente ao coração e deixa-se abandonar, persuadido que finalmente estava de que nunca deixara de a amar, ao fito único de a “acompanhar” onde quer que ela se encontrasse.
Um feliz desencadear de acontecimentos, provocados por acasos duvidosos (parecendo mais “manipulados” por um braço mecânico que consolida as peças da história por forma a que Anne e Wentworth se encontrassem frente a frente desnudados de preconceitos) provocam a compreensão de ambos os envolvidos nesta história de amor, a compreensão de que é inútil fugir ao sentimento que os avassala e de que os outros são apenas isso: Outros. O tempo é dos que se amam e o amor vence sempre.

Citações

“ Sendo muito bonita e muito parecida com o pai, exercera uma grande influência sobre ele.”
“Consultou-a e foi, até certo ponto, influenciada por ela ao traçar o esquema de poupança que foi, por fim, submetido a Sr. Walter.”
“Queria que isso fosse recomendado e considerado como um dever.”
“Sr.Walter e Elizabeth foram levados a acreditar que, com a mudança, não iriam perder importância nem deixariam de se divertir.”
“Lady Russell tinha outra excelente razão para se sentir extremamente satisfeita por Sir Walter e a sua família irem sair da região.”
“Na realidade, Lady Russell tinha muito pouca influencia junto a Elizabeth.”
“ …me deixo convencer a alugar a casa”
“ …na sua ansiedade de assegurar que Sir Walter aceitasse um oficial da Marinha como inquilino …”
“Iludiu-me com o termo cavalheiro.”
“Considerá-lo como desejo certo de todas as pessoas com possibilidades de te influenciar.”
“Se eu errei ao ceder uma vez à persuasão, lembra-te de que foi uma persuasão exercida a pensar na segurança, não no risco.”


Tópicos

      ·         A persuasão tenta levar-se um auditório a aderir a uma tese ou a uma acção
  • A persuasão é moralmente aceite porque há um uso racional da palavra e "o outro" é visto como um outro "eu".
  • Há uma relação de igualdade entre orador e ouvintes
  • Os objectivos da argumentação estão definidos e são claros, há transparência
  • O orador vê os ouvintes como seres iguais a si e aceita a decisão deles
  • A persuasão é  o bom uso da retórica
  • Nesta não se impõe nada, dá-se liberdade aos ouvintes para reflectirem e decidirem individualmente;
  • A argumentação para ser convincente tem de fazer apelo à razão, ao julgamento de quem participa ou assiste ao confronto de ideias.

Reflexão

“Concordo absolutamente com o meu pai e também acho que um oficial de Marinha seria óptimo
inquilino. Eu já conheci muitos; e, além da sua liberalidade, são muito arrumados e cuidadosos! Estes seus valiosos quadros, Sir Walter, se decidisse deixá-los cá, estariam perfeitamente seguros. Tudo o que está cá dentro e à volta da cãs seria extremamente bem cuidado! Os jardins e os bosques seriam tão bem tratados como são agora. Não tenha receio, Miss Elliot, de que o seu belo jardim seja negligenciado.”

Neste excerto é notável a persuasão entre Dr. Shepherd e Sir Walter. O que pretendia Dr. Shepherd era fazer com que Sir Walter alugasse a sua casa ao Cavalheiro da Marinha. Para isso usou argumentos que levassem este ultimo a aceitar a proposta. Usou argumentos necessários que afirmavam que podia confiar no oficial da Marinha, assegurando que a casa ficaria igual a partir do momento que fosse alugada. Dr. Shepherd usa argumentos para provocar a adesão a que este pretendia, dá liberdade ao Walter para que este reflicta e decida individualmente, faz o apelo a processos menos racionais e usa argumentos sedutores porque Dr. Shepherd reforça os seus argumentos despertando emoções. Como resultado desta persuasão bem empregue Sir Walter aceitou então a conclusão de Shepherd e aceitou alugar a casa ao oficial de Marinha.

“Tenho estado a pensar no passado e a tentar julgar imparcialmente o que esteve certo e o que esteve errado, quero dizer, a respeito de mim própria; sou obrigada a acreditar que tive razão, por muito que tenha sofrido por causa disso, que tive razão em me deixar guiar por uma amiga de quem vais gostar mais do que agora gostas. Para mim, ela era como minha mãe. Não me interpretes mal, porém. Foi talvez, um daqueles casos em que o concelho é bom ou mau segundo o desenrolar dos acontecimentos; quanto a mim, certamente que, mesmo numa circunstancia vagamente semelhante, nunca daria tais conselhos. Mas quero dizer que tive razão em seguir os dela, e que, se tivesse procedido doutro modo, eu teria sofrido mais coma a continuação do noivado do que sofri renunciando a ele, porque teria sofrido na minha consciência.
Tanto quanto tal sentimento é permitido na natureza humana, eu não tenho agora nada a a censurar a mim própria; e, se não estou enganada, um forte sentido de dever não é um mau quinhão do dote de uma mulher”

Anne, justifica a acção do passado dizendo que a lady Russell era como uma mãe para ela e que se não a visse assim ficaria com a consciência pesada pois achava que estava a assumir o seu dever. Com isto leva Frederick Wentworth a reflectir e a chegar à conclusão de que ele depois ter ganho a fortuna poderia voltar mas o orgulho deste o impediu. Por fim a persuasão que Anne exerceu sobre este foi bem sucedida fazendo com que Wentworth aceitasse o reconhecimento que Anne sempre o amou.